segunda-feira, 29 de maio de 2017

Temas de Pesquisa Universitária



Cultura do Trabalho:

Todo trabalho em si produz uma cultura. Todo ambiente onde se faz qualquer tipo de trabalho ajuda na criação de uma forma cultural de Criatividade. Esse aspecto cultural é até um auxílio para que se consiga enfrentar melhor o dia a dia dos problemas que, às vezes surgem no local de trabalho.

Não quero falar dos modos de produção capitalista, nem de outras vertentes populares, como o modo de produção socialista.

Quero pensar junto com vocês que há um modo de se fazer cultura, para que se respire em locais de trabalho, às vezes tensos, pesados, para que possamos sobreviver melhor em uma firma, em uma empresa.

Por exemplo, há toda uma cultura seletiva, equivocada, a nosso ver, que estimula o consumo nos shoppings. Isso vem através das novelas de TV. Observe que, com freqüência as cenas começam com os atores ou atrizes chegando em uma sala com uma série de sacolas nas mãos, dando a entender que fizeram muitas compras. Vemos aí uma cultura negativa do trabalho televisivo. Claro que há outras positivas. Mas, vamos nos ater ao já citado excessivo consumismo.

O que notamos é que estes atores e atrizes, nunca entram em uma livraria para comprar um livro. Pelo menos nós nunca vimos. Pode ser que tenham cenas assim, mas são raríssimas.

Estamos querendo dizer que essa Cultura, essa continuidade de divulgação dos shoppings, bem que podiam inserir, vez por outras, dicas de livros, tornando assim as telenovelas mais educativas.

Só estamos abordando um item da Cultura do Trabalho. Note também que, os shoppings não tem relógio para indicar a hora, isso é para que as pessoas fiquem lá horas e horas, se percam no tempo, esqueçam das horas. Por outro lado, a luz sempre está acesa, qualquer horário do dia. Propositalmente confunde as pessoas.

Agora vamos abordar um aspecto positivo da Cultura de Trabalho dos shoppings. O fator segurança. As pessoas preferem tais locais pois tendo câmeras ligadas 24 horas, se torna mais tranquilo o caminhar pelos corredores.

Nossa reflexão quis fazer uma inovação. Abordamos o aspecto negativo e um aspecto positivo da cultura diária de se visitar os shoppings. Uns vão dizer coisas do progresso. Certo, mas sempre é bom pensarmos no ser humano e não apenas só no comprar, só no consumir.

Cultura, da forma como estamos tratando significa, hábito, algo repetitivo que o ser humano usa para expressar o seu viver. E se é a Cultura do Trabalho, abordamos só um item, mas tem vários outros. Nosso tema foi para pensar a modernidade dos shoppings.



Poder Político

A Sociologia nos informa que o ser humano é um “animal político”. Estamos sempre vivenciando política, respirando política. Não estamos tratando de política partidária, mas da política como uma atitude cidadã, no sentido de melhorarmos a vida.

Pensamos que esta forma de atitude política deve ser transmitida aos alunos, aos jovens, no sentido de que  eles pensem e repensem formas de participação política na sociedade.

Queremos dizer que, para nós, Política é às claras, Política deve ser transparente. Tal colocação é que nos posicionamos contra os mascarados nas recentes manifestações. Ora, se Política é às claras, não faz sentido ocultar o rosto. E este é o verdadeiro Poder Político, o povo em geral, manifestando-se pacificamente, sem quebrar nada. Sem queimar os ônibus que servem à população.

Poder Político é Educação. Por isso, precisamos estimular reflexões pedagógicas não apenas nas escolas, mas também em outras atividades profissionais.

É importante também que as pessoas saibam, aprendam qual é a função das Câmaras Municipais e Vereadores, Assembléias Legislativas dos Deputados Estaduais, Câmara dos Deputados Federais e Senado Federal. Precisamos também saber qual a função de um prefeito, de um governador, de um ministro, do presidente da República.

Precisamos saber como age os tribunais. Isto é o básico, como se deve proceder em uma democracia. Verificar como atuam esses Poderes Políticos.

É necessário também olhar o nosso tempo, a atualidade. Às vezes, muitos ficam reclamando com base em fatos ocorridos no século passado, que obviamente, não vai servir para o século XXI, onde estamos vivendo.

E tem o outro lado, aqueles que afirmam que tudo está errado, ninguém presta e não se deve votar em nada. Soa bem neste instante as sábias palavras do filósofo grego Platão: “Se você não quer saber de política, alguém vai utilizar a política para te prejudicar”. Portanto, é o tênue limite entre ser ou não ser politizado.

E se temos maus políticos, pacientemente, pacificamente, vamos tentando eleger bons representantes. Claro, não é uma tarefa rápida. Talvez demore uma geração, talvez gaste 20 anos, informam estudiosos, mas não há outra fórmula para utilizar o Poder Político e as ferramentas que ele coloca à nossa disposição.

Atenção, como no item anterior Cultura e Trabalho, agora só abordamos um pequeno aspecto da Política, pois o assunto é muito vasto.





















































domingo, 21 de maio de 2017

Aluna de Faculdade entrevistou



Entrevista Pedagogia e Filosofia

Professor Antonio Carlos Pereira Borba Rocha

a) Qual sua função Acadêmica ?

Eu sou professor de “Língua Portuguesa e Literaturas”, tenho 64 anos, me formei em 1983, na Faculdade de Letras da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Lá também fiz Mestrado e Doutorado. Essa designação no plural “Literaturas” é importante porque o curso referido contemplava as Literaturas dos Países Africanos de Expressão Portuguesa. São cinco países: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe.

b) O que te levou a cursar essa Cátedra ?

Desde os 10 anos de idade percebi que eu queria ser escritor. Eu lia demais, sempre li, nessa época, na minha casa não tinha televisão. Então, além das aulas eu lia de tudo que aparecia nas minhas mãos, nas bancas de jornais, nas livrarias... hoje me considero “aprendiz de escritor” tenho 11 livros publicados de forma tradicional e 2 on line. Além de editar 5 blogs, 1 facebook, 1 twitter, todos ligados às Literaturas e às Filosofias. Colaboro ainda com três outros blogs, um em Belo Horizonte, outro aqui no Rio de Janeiro e mais um no Piauí. Totalizando, por enquanto, são mais de 100 mil visitas nos meus blogs. Já recebi contato de Macau, na China e de outros países. Mesmo assim, me considero um “aprendiz de escritor”, estou sempre aprendendo. Também sou palestrante e com frequência sou convidado para participar de seminários, conferências, debates os mais diversos em faculdades várias, congressos etc. Acrescento que tenho mais de mil artigos publicados em diversas mídias, já fui colaborador assíduo em diversos jornais como O Globo, Tribuna da Imprensa, Tribuna de Minas, Jornal do Comércio de Manaus – AM, Revista A Razão de Lisboa, Portugal, Jornal de Letras etc.

c) Quanto tempo exerce sua função?

Desde formado, já lecionei em colégios particulares, cursinhos preparatórios, Universidade Estácio de Sá e também como Docente I no Estado do Rio de Janeiro. Mas esclareço que o curso de Letras tem outras abrangências: já trabalhei como Revisor em editoras, em jornais, revistas, agências de notícias e agências de publicidade, empresas gráficas e similares. Consiste em prepararmos os textos para impressão ou divulgação nas mídias, prestando muita atenção na Gramática, por isso que sempre falo aos alunos, incentivo muito o estudo e a pesquisa na Gramática.

Perguntas Chaves

O que você entende por ética profissional dentro do seu ambiente de trabalho? Você percebe se são mantidas as relações éticas?

É algo básico para se viver bem, em todas as áreas. No âmbito educacional é importantíssimo. Ética e Moral são partes da Filosofia, assim tento ao máximo passar aos alunos reflexões sobre assuntos pertinentes à Ética e à Moral. Um dos exemplos de se fazer isso é que todo dia, quando entro em sala escrevo logo no quadro o “Pensamento do Dia” serve para todos pensarmos o bem comum, a vida com Ética e Moral. Curiosamente, às vezes esqueço e os alunos me lembram. Trago o pensamento de algum filósofo, de algum pensador da humanidade e também estimulo bastante os alunos a escreverem os seus próprios “Pensamentos do Dia” e recomendo estudarem na internet os pensamentos, as frases e trechos afins, pois nos enriquece muito. Com vistas a esse procedimento criei em um dos meus blogs um “jornalzinho artesanal” chamado “O Projeto”. Já tem mais de 5 mil visitas e apresento textos de alunos, professores, funcionários que gostam de escrever e pais de aluno que também gostam de escrever.

Na segunda parte da pergunta respondo que estamos sempre atentos e colaborando para que as relações Éticas e Morais sejam mantidas no ambiente escolar.

2) O que é emprego e o que é trabalho na sua concepção? Explique:

As duas conceituações acabam se confundindo. De certa maneira são sinônimas. Digamos ... de acordo com o Dicionário, emprego o meu tempo trabalhando em coisas que gosto, que me alegram. Sigo a Filosofia Budista e há um princípio no Budismo que gosto muito: “Um dia sem trabalho, um dia sem comida” então é preciso fazer algo, estar ocupado, estar empregando bem o precioso tempo. Como sou professor de Literatura cito sempre o escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850) que certa feita disse: “Meu trabalho é meu repouso. Meu repouso é meu trabalho”. Assim estou sempre em criativa atividade e não me esquento a cabeça. Levo tudo na tranqüilidade, de forma Zen.

3) Você encontra no seu emprego o trabalho que queria ter ?

Sim, graças a Deus sim, gosto muito de escrever, não paro de ler e escrever, de pesquisar, escrevo no quadro em sala de aula, escrevo em casa, de forma profissional nos blogs citados, escrevo até nos livros que estou lendo, as anotações que faço. Uma vez, de brincadeira, disse para os alunos que vou pedir que coloquem no meu caixão um livro, uma caderneta de anotações e uma caneta; como faziam os antigos egípcios nas Pirâmides. Quanto ao “graças a Deus” é porque tive e tenho muita sorte de estudar sempre nesta vida, viajar por outros países que me aperfeiçoaram e muito. Estive na Inglaterra, França, Espanha (várias vezes), Portugal (morei um tempo lá) e Norte da África. Me sinto muito grato a Deus pelo muito que ele me ajudou e ajuda no gosto pelos estudos.

E acrescento que, financeiramente, estou feliz sendo professor e desenvolvendo outras atividades empresariais na minha área de formação.

4) Levando em consideração sua Cátedra, mudar é complicado? Acomodar é perecer ?

Com relação à minha cátedra não pretendo mudar, estou sempre me aperfeiçoando, melhorando, aprofundando pesquisas, sou um eterno investigador das Letras, Artes e Culturas. Agora “acomodar-se” em qualquer área é perecer, mas não é o meu caso. Já lecionei nos três turnos da vida: manhã, tarde e noite, e de madrugada, muitas vezes ficava preparando o meu mestrado e doutorado. Quero registrar que nessa época, minha esposa e minha filha me ajudaram muito, e entendiam os meus constantes estudos. Considero nós três, vitoriosos, graças ao bom Deus.

5) Você é volúvel ou é velho?

Eu respeito muito essas categorias que o educador Mário Sérgio Cortella aborda em seus importantes textos e vídeos. Mas eu prefiro criar a minha designação, pois eu também sou um pensador, eu estudei e estudo Filosofia, assim eu vou adotando os meus próprios termos. Por exemplo, quando jovem, a palavra volúvel não tinha uma boa definição, então eu prefiro me definir como “flexível”. Não se trata de preconceito contra o vocábulo volúvel, eu sinto que é mais bonito vivenciar a expressão “flexível” e até lembro de uma recomendação da Filosofia Budista, precisamos ser flexíveis como os bambus. Observe, vem uma ventania ele, o bambu, vai para um lado, vem outro temporal, ele vai para o outro, ele verga mas não se quebra. Em compensação vemos nas reportagens que determinada árvore com uma grande raiz e tronco foi arrancada pelo vendaval... Procuro então viver a sabedoria dos bambus: Flexibilidade.

Velho também, em relação à minha idade cronológica posso ser velho, mas estou sempre me flexibilizando, aprendendo com jovens professores, alunos e outros profissionais. Adoto o princípio: “vivendo e aprendendo”.

6) Algo mais a acrescentar ?

Sim, em primeiro lugar agradecer a você por essa excelente oportunidade de conversarmos sobre Pedagogia, Filosofia, Literaturas e Vida.

Em segundo lugar, em termos de metodologia eu procuro mais ou menos seguir a Pedagogia Summerhill, que é uma escola que vem da Inglaterra e tem sua correspondente em Portugal chamada “Escola da Ponte” e a “Pedagogia Waldorf” que vem da Alemanha e está ligada à Antroposofia. Gosto muito dessas correntes e vou aos poucos adaptando à nossa realidade brasileira, reconheço que é difícil, nem todos os alunos entendem. Minha proposta é fazê-los crescer, amadurecer e se tornarem pensadores, isto é, pensar a vida, pensar o trabalho e, em certo sentido, “pensar e filosofar”, para vivermos melhor, aprendermos melhor e sermos felizes.


















sábado, 13 de maio de 2017

Jornalzinho, Maio, 2017



O PROJETO
Maio - 2017 – nº 57 – Pilar –
Jornalzinho Artesanal da Escola Estadual Assis Chateaubriand.   Duque de Caxias – RJ – Baixada Fluminense – Prof. Antonio Carlos Rocha.


Editorial:   Pensamento do Dia  =  Textos dos Alunos


1) “Sala de aula não é lugar / Para se maquiar / Sala de aula é local /
Para estudar / Aprender / Copiar / Ser Feliz / E não se prejudicar”. =  Ana Beatriz, turma 602.

2) “O Futuro chega e não espera por ninguém. Portanto estude para ter alegrias amanhã” = Criação coletiva da turma 602.

3) “A vingança nunca é plena. Mata a alma e envenena” = Seu Madruga, personagem da TV – turma 602.

4) “Quando chove / Precisamos estudar mais / Copiar a matéria / Diferença faz” = criação coletiva da turma 601.

5) “Coisa boa gera coisa boa” = Luiz Otávio, turma 601.

6) “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo” = Nelson Mandela (reflexão usada na 1ª Reunião Pedagógica em 01/02/2017.

7) “Quem gosta de estudar / A matéria toda vai copiar” = criação coletiva da turma 602.

8) “Não faça coisas ruins, mas sim coisas boas, porque lá no futuro você vai receber coisas boas e se fizer coisas ruins, lá no futuro, vai receber coisas ruins.” = Alicia, turma 602.

9) “O Senhor é quem cuida, portanto, estude. A gente estuda porque faz bem à saúde. Quem bate é do mal, quem cuida é do bem.” = Lucas Gabriel, turma 602.

10) “A vida é uma escola para quem quer aprender. A vida é um desafio para quem quer vencer. A vida é um jogo para quem quer ganhar, saber jogar tem que lutar” = Maiara Ketlen, turma 602.

11) “Para alavancar os objetivos, estude” = Pedro, turma 602.

12) Obrigado aos alunos que, com suas alegrias, estamos no caminho de aprender a Pensar e Refletir sobre nossas Atitudes.

- o0o – o0o – o0o –
Notícias:

* Este boletim e os números anteriores estão no blog do Grêmio Cultural Assis Chateaubriand:    http://gremioeassisc.blogspot.com.br

*Importante: Todos os textos e ilustrações que aparecem no blog, facebook, twitter e jornalzinho são colaborações inteiramente grátis de alunos, ex-alunos, professores, funcionários e demais interessados em somar para um Projeto Cultural que visa dinamizar a comunidade escolar e o seu entorno. Algumas imagens colhidas na web, domínio público, tem sentido educativo. Se, por acaso, algum proprietário das imagens reclamar a origem, avise-nos que retiraremos . Agradecemos a todos (as).

* Pensamento – Reflexão: Semanalmente você encontra no https://www.facebook.com/antoniorocha.rocha.583    boas dicas e reflexões para um viver melhor. Recomendo sempre aos alunos, observarem esta ferramenta de trabalho, como um complemento de nossas aulas.

* Curso de História: professor Sérgio Mesquita, Mestre em História pela UERJ estará coordenando o “Grupo de Estudos” que tem como base a tese de doutorado “O Espírito da Revolta. A Greve Geral Anarquista de 1917”, ocorrida no Brasil. Autoria da professora Christina da Silva Roquete Lopreato e defendida na Universidade Estadual de Campinas, SP.

Utilidade Pública: Ao atravessar uma rua, olhe sempre para os dois lados, pois alguns ciclistas trafegam na Contra Mão. Logo, olho vivo, atravesse no sinal verde para os pedestres !

Aulas Ecológicas: O professor Nei, de Ciências está começando uma atividade muito interessante: “conhecer plantas, árvores e arbustos”. Os alunos vão aprender um pouco da Flora Brasileira, o nome científico, a distribuição geográfica das mesmas. Vai começar com o preparo de um jardim, depois pomar e por fim horta. Certas espécies usadas em Fitoterapia. Os famosos chás naturais de carqueja, quebra-pedra, chapéu de couro etc. Parabéns !

 * Datas Comemorativas de Maio:  1 – Dia Internacional do Trabalho; 3 – Dia do Sertanejo; 5 – Dia Mundial da Asma; 6 – Dia do Taquígrafo; 7 – Dia do Silêncio; 8 – Dia da Cruz Vermelha; 10 – Dia das Mães; 12 – Dia da Enfermagem; 13 – Dia do Automóvel; 15 – Dia Internacional da Família; 16 – Dia do Gari; 17 – Dia Mundial das Telecomunicações; 18 – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes; 19 – Dia do Defensor Público; 20 – Dia do Pedagogo; 21 – Dia da Língua Nacional; 22 – Dia Internacional da Biodiversidade; 24 – Dia do Café; 25 – Dia da Costureira; 26 – Dia do Revendedor Lotérico; 27 – Dia do Profissional Liberal; 28 – Dia Nacional de Luta pela Saúde da Mulher; 29 – Dia do Geógrafo; 30 – Dia do Geólogo; 31 – Dia da Aeromoça e do Comissário de Bordo.

domingo, 7 de maio de 2017

Conto da Estudante



Texto de Aluna

Rafaela Andrade*

- Oi, Amor, cheguei !!!

- Como foi no trabalho, meu amor ?

- Foi um dia difícil, mas andei pensando uma coisa ...

- O quê? Coisa boa?

- É. Por que a gente não compra um cachorro?

- Mas a gente tem um papagaio !

- Mas o papagaio só late! Não morde ninguém!

- Claro! Ele é um papagaio!

- Doa ele pra alguém ...

Escolhe: Pastor Alemão ou Rottweiller

- Pastor Alemão. E vai se chamar Spaick!

- Ta feito.

O cachorro crescia esperto e obediente, buscava jornal para o seu dono, até parecia gente. Mas um dia ele não voltou. Procuraram, espalharam cartazes... Até que um dia... Toc, toc, toc

- Oi, Amanda, entra. Que bom te ver!

- Oi, Bianca, tenho péssimas notícias...

Você precisa ser forte. Infelizmente o Spaick não vai voltar...

- Puxa... sem cachorro, sem papagaio... Que tristeza !

- Não fica assim, amiga. Você consegue outro cachorro.

E foi isso que aconteceu. Lucas comprou outro cachorro bem parecido, mas este teve o mesmo fim. Bianca chora, sozinha em casa, quando alguém bate à porta. Era Amanda, teria ela uma surpresa?

- Oi, amiga, como está se sentindo?

- Muito mal ainda ...

- Eu tenho uma surpresa pra você!

- O que é?

- Feche os olhos e estende as mãos...

- Posso abrir?

- Pode.

- Que lindo! É pra mim?

Bianca tinha em mãos um pequeno filhote de Pinscher Zero, Ela e o marido gostaram muito do presente.

O tempo passou e Bianca fez uma surpresa para Lucas.

- Amor, o que você acha de ter outro filhotinho?

- Mais um, Bianca?

- Não, seu bobo. Desta vez é um bebê, uma menininha !
E eu já escolhi o nome, será Fernanda.

E agora, entre latidos e chorinhos de bebê, a família vai vivendo feliz... Com o apoio da madrinha, a Amanda, é claro!

(*) Aluna da turma 701

- História do livro “Crônicas Jovens”, Editora Horizonte, 2015.










segunda-feira, 1 de maio de 2017

Um conto estudantil



 Hora de ir para a escola

Carlos Guilherme Lourenço da Silva*

- Está na hora de acordar.

- Não quero.

- Vamos, filho, levante. Se não levantar, falo com o seu pai.

- Pode falar, sai do meu quarto.

- O que você falou?

- Não quero ir, vou dormir.

A mãe saiu do quarto, foi para a cozinha e encontrou o marido.

- Rafael, o Gabriel me respondeu.

- Por quê?

- Ele não quer se levantar e se arrumar para ir à escola.

- Vou conversar com ele agora.

O pai entrou no quarto e viu o filho dormindo, mesmo com pena o acordou.

- Filho, acorda, levanta logo, você precisa ir para a escola.

- Pra quê ?

- Para aprender, se informar, ser alguém na vida. Filho, não faça isso ! Eu e sua mãe só queremos o seu bem. Na minha época, quando meus pais diziam está na hora de acordar, eu levantava e pronto. Porque sou muito paciente você fica abusando. Vamos se arrume !

- Não estou com vontade.

- Como? Repete para ver o que acontece.

- Hoje eu vou, mas amanhã eu não vou à escola.

- Vai sim.

- Não vou.

- Agora você vai ver o que vai acontecer – disse o pai.

Então o pai pegou o celular do filho e o colocou no bolso. E, como num passe de mágica, o filho penteou o cabelo, colocou o uniforme, calçou as meias e os sapatos, escovou os dentes, de um beijo no pai, outro na mãe e foi para a escola. E todos os dias, agora, os pais nem precisavam chamar o filho duas  vezes. O celular guardado foi um santo remédio.


(*) Aluno da Turma 602.

- Texto publicado na pág. 48, livro “Crônicas Jovens – Histórias que ganham o mundo”, editora Horizonte, 2015.

- obra  que contou com o patrocínio da Shell do Brasil.

Comentário:

Parabéns ao aluno que demonstrou sensibilidade em sua redação para nos mostrar um caso corriqueiro, qual seja a dificuldade que os estudante têm de se libertar do celular.

A matéria evidencia também que muitos alunos não gostam de ir à escola hoje em dia.

Os pais, às vezes, tem que utilizar com rigor a Educação dos filhos. Muitos jovens ainda não atinaram para o fato de que o futuro de cada um reflete-se no comportamento do dia a dia em sala de aula.