sábado, 15 de novembro de 2014

Um conto social



Feijoada: A Origem

Bryan*

- E o que faremos com esses restos?

- Jogue-os na senzala. Dê para os crioulos.

E com esse diálogo, inicia-se o processo de criação da comida típica brasileira, a mais conhecida de todos os tempos.

Era noite, um estalar do portão, seguido de uma luz forte e de uma voz.

- Crioulos! Venham pegar sua comida antes que eu mude de ideia e passe para os cachorros!

Um dos escravos se levantou e caminhou em direção à mulher gorda com uma panela gigantesca na mão. Com delicadeza ele tira das mãos da senhora a panela, como se fosse uma bomba que iria explodir a qualquer momento e volta para os seus companheiros.

- O que faremos com essa droga? – perguntou um dos escravos, enquanto segura uma pata de porco – Isso é lixo puro !

- Pega leve – diz o que segurava a panela – talvez se misturarmos tudo isso com o que temos aqui saia algo útil.

E... nasceu... a feijoada.

(*) Aluno da turma 904.

Comentário:

Vejam a importância de nossa matéria, “Produção Textual”. O aluno teve a percepção social e a partir da redação proposta em sala de aula, fez um conto. Uma crítica ao período escravagista.

Nesta pequena peça literária - o conto – o autor fez uma abordagem interdisciplinar.

Falou de Economia = a relação escravocrata.
Falou de História = fato verídico no Brasil
Falou de Geografia = escravidão presente em diversos povos.
Falou de Literatura = o conto em si, a Produção Textual.
Falou de Culinária = Arte no preparo da alimentação.
Falou de Gastronomia = comida típica nacional.
Falou de Matemática = os senhores ganhavam tudo e os escravos os restos.
Falou de etc... = um investigador da Cultura vai descobrir e interpretar mais itens.

- Lembramos que no próximo dia 19/11/14 estaremos comemorando a 3ª FLAC – Feira Literária Assis Chateaubriand juntamente com o Dia da Consciência Negra, que é no dia seguinte, 20/11/14 = Data de Zumbi dos Palmares.


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