Feijoada: A Origem
Bryan*
- E o que faremos com
esses restos?
- Jogue-os na senzala.
Dê para os crioulos.
E com esse diálogo,
inicia-se o processo de criação da comida típica brasileira, a mais conhecida
de todos os tempos.
Era noite, um estalar
do portão, seguido de uma luz forte e de uma voz.
- Crioulos! Venham
pegar sua comida antes que eu mude de ideia e passe para os cachorros!
Um dos escravos se
levantou e caminhou em direção à mulher gorda com uma panela gigantesca na mão.
Com delicadeza ele tira das mãos da senhora a panela, como se fosse uma bomba
que iria explodir a qualquer momento e volta para os seus companheiros.
- O que faremos com
essa droga? – perguntou um dos escravos, enquanto segura uma pata de porco –
Isso é lixo puro !
- Pega leve – diz o
que segurava a panela – talvez se misturarmos tudo isso com o que temos aqui
saia algo útil.
E... nasceu... a
feijoada.
(*) Aluno da turma
904.
Comentário:
Vejam a importância de nossa matéria, “Produção Textual”. O aluno teve a
percepção social e a partir da redação proposta em sala de aula, fez um conto.
Uma crítica ao período escravagista.
Nesta pequena peça literária - o conto – o autor fez uma abordagem
interdisciplinar.
Falou de Economia = a relação escravocrata.
Falou de História = fato verídico no Brasil
Falou de Geografia = escravidão presente em diversos povos.
Falou de Literatura = o conto em si, a Produção Textual.
Falou de Culinária = Arte no preparo da alimentação.
Falou de Gastronomia = comida típica nacional.
Falou de Matemática = os senhores ganhavam tudo e os escravos os restos.
Falou de etc... = um investigador da Cultura vai descobrir e interpretar
mais itens.
- Lembramos que no próximo dia 19/11/14 estaremos comemorando a 3ª FLAC
– Feira Literária Assis Chateaubriand juntamente com o Dia da Consciência
Negra, que é no dia seguinte, 20/11/14 = Data de Zumbi dos Palmares.
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