quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Feira do Assis



III FLAC


A III FLAC – Feira Literária Assis Chateaubriand foi um sucesso, juntamente com a comemoração do Dia da Consciência Negra.  A escola ficou completamente decorada com cartazes os mais  variados lembrando o Continente Africano, desde bandeiras de todos os países até aspectos gerais de cada povo.

Teve desfile de roupas típicas, representações teatrais, maquetes simbolizando as leituras feitas ao longo do ano. Varal de Literatura de Cordéis dos Alunos, sala de Fotografia com os alunos devidamente caracterizados lembrando as etnias Africanas, diálogos matemáticos inspirados nos camelos que cruzam os desertos do citado continente, ao norte o Deserto do Saara e ao sul o Grande Deserto do Kalahari, nessa região há indícios de que a espécie humana já estava presente no local, na Idade das Cavernas.

Também houve representação de Religiões de Matrizes Africanas, em belo exemplo de Ecumenismo e Inter-Religiosidade.

Tinha uma sala do Terror, explicitando os mitos literários de Drácula e afins. No refeitório cartazes mostravam os vários tipos de contos: românticos, policiais, de horror, contos de fada etc, sob o lema “Quem conta um conto aumenta um ponto.”

A supervisora da GIDE-SEEDUC, professora Elisângela esteve presente e falou para os alunos sobre a importância do evento. Disse estar muito feliz, vendo a dedicação de professores, alunos e funcionários com uma criativa forma de aula atrativa.

As muitas fotos irão pra o Facebook da Escola e, naturalmente para o “Face” dos alunos.

Sem dúvida, um dos pontos altos, foi a palestra que o pesquisador Luiz Antonio fez para o 9º Ano sobre o tempo da Escravidão e os seus Reflexos até hoje na Cultura Nacional. Fez uma retrospectiva desde os navios negreiros que singravam os mares da época até a pressão da Inglaterra pela conquista do mercado de consumo. O investigador é formado pela UFF – Universidade Federal Fluminense e presidente do Sinttel-Rio = Sindicato dos Trabalhadores Telefônicos do RJ.

Luiz Antonio trouxe alguns livros sobre a África Negra para mostruário e distribuiu o jornal do Sindicato onde constava a poesia do escritor Léopold Senghor, do Senegal, que transcrevemos abaixo:

Homem de Cor

Querido irmão branco:
Quando nasci, era negro
Quando cresci, era negro
Quando o sol bate, sou negro
Quando estou doente, sou negro.
Quando morrer, serei negro.
Enquanto isso, você:
Quando nasceu era rosado,
Quando cresceu foi branco.
Quando o sol bate, você é vermelho,
Quando sente frio, é azul.
Quando sente medo, é verde.
Quando está doente, é amarelo.
Quando morrer você será cinzento.
Então, qual de nós dois é um homem de cor?


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