III FLAC
A III FLAC – Feira
Literária Assis Chateaubriand foi um sucesso, juntamente com a comemoração do
Dia da Consciência Negra. A escola ficou
completamente decorada com cartazes os mais
variados lembrando o Continente Africano, desde bandeiras de todos os
países até aspectos gerais de cada povo.
Teve desfile de roupas
típicas, representações teatrais, maquetes simbolizando as leituras feitas ao
longo do ano. Varal de Literatura de Cordéis dos Alunos, sala de Fotografia com
os alunos devidamente caracterizados lembrando as etnias Africanas, diálogos
matemáticos inspirados nos camelos que cruzam os desertos do citado continente,
ao norte o Deserto do Saara e ao sul o Grande Deserto do Kalahari, nessa região
há indícios de que a espécie humana já estava presente no local, na Idade das Cavernas.
Também houve
representação de Religiões de Matrizes Africanas, em belo exemplo de Ecumenismo
e Inter-Religiosidade.
Tinha uma sala do
Terror, explicitando os mitos literários de Drácula e afins. No refeitório
cartazes mostravam os vários tipos de contos: românticos, policiais, de horror,
contos de fada etc, sob o lema “Quem conta um conto aumenta um ponto.”
A supervisora da
GIDE-SEEDUC, professora Elisângela esteve presente e falou para os alunos sobre
a importância do evento. Disse estar muito feliz, vendo a dedicação de
professores, alunos e funcionários com uma criativa forma de aula atrativa.
As muitas fotos irão
pra o Facebook da Escola e, naturalmente para o “Face” dos alunos.
Sem dúvida, um dos
pontos altos, foi a palestra que o pesquisador Luiz Antonio fez para o 9º Ano
sobre o tempo da Escravidão e os seus Reflexos até hoje na Cultura Nacional.
Fez uma retrospectiva desde os navios negreiros que singravam os mares da época
até a pressão da Inglaterra pela conquista do mercado de consumo. O
investigador é formado pela UFF – Universidade Federal Fluminense e presidente
do Sinttel-Rio = Sindicato dos Trabalhadores Telefônicos do RJ.
Luiz Antonio trouxe
alguns livros sobre a África Negra para mostruário e distribuiu o jornal do
Sindicato onde constava a poesia do escritor Léopold Senghor, do Senegal, que
transcrevemos abaixo:
Homem de Cor
Querido irmão branco:
Quando nasci, era
negro
Quando cresci, era
negro
Quando o sol bate, sou
negro
Quando estou doente,
sou negro.
Quando morrer, serei
negro.
Enquanto isso, você:
Quando nasceu era
rosado,
Quando cresceu foi
branco.
Quando o sol bate,
você é vermelho,
Quando sente frio, é
azul.
Quando sente medo, é
verde.
Quando está doente, é
amarelo.
Quando morrer você
será cinzento.
Então, qual de nós
dois é um homem de cor?