terça-feira, 27 de novembro de 2012

Lima Barreto



Um escritor do povo e para o povo: Lima Barreto

Quando comemoramos o aniversário da morte de alguém, é para lembrar que essa pessoa vive de alguma maneira, pela sua importância.  É o que acontece nesse mês de novembro, quando um escritor excelente faz 90 anos de morto.  É Lima Barreto, um escritor muito especial. Apesar de ter vivido no século passado, o que ele escreveu tem muito a ver com os dias atuais. Na sua época, quase todos os escritores inventavam romances açucarados, com heróis e mocinhas, que viviam fora da realidade do povo comum.  Eles formavam o “sorriso da sociedade”, num mundo de fantasia sem grandes problemas no cotidiano. Você vê muito disso por aí, ainda. Mas Lima Barreto escrevia diferente. Ele era mais parecido com o povo, mulato, pobre, mas batalhador. Preferia contar histórias de personagens mais reais, gente humilde que fazia força para sobreviver num país cheio de injustiças como ainda é o nosso.  Negros discriminados, trabalhadores mal pagos, mulheres dominadas, pessoas honestas cercadas de corruptos, coisas assim. Foi assim com Clara dos Anjos, uma mulatinha enganada por um conquistador barato e que enfrentou a discriminação da família dele; Isaías Caminha, que abandonou sua cidade no interior para ser jornalista no Rio de Janeiro; Policarpo Quaresma, que sonhava servir ao Brasil e foi perseguido pelo governo.  Apesar das histórias com tristeza e luta, Lima sempre deixava uma mensagem para seus leitores: que eles também tinham de ser corajosos e lutar por um mundo melhor.  E você, tem coragem de lutar por um mundo melhor?

- Texto de Sergio Mesquita, Mestre em História e professor da EEAC.

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